elisa scarpaElisa Scarpa, «Olha para os meus olhos» Elisa Scarpa, «Look at my eyes»Elisa Scarpa, «Encontra-se entre os demais» Elisa Scarpa, «He is among the others»Elisa Scarpa, «As alegres Larissas» Elisa Scarpa, «The cheerful Larissas»Elisa Scarpa, «Entre humanos»Elisa Scarpa, «Between humans»Elisa Scarpa, «O oxigénio da Terra» Elisa Scarpa, «The oxygen of the Earth»Elisa Scarpa, «O falo da Morte»Elisa Scarpa, «The phallus of the Death»Elisa Scarpa, «Pelos que se deixam orquestrar» Elisa Scarpa, «For those who let themselves be orchestrated»Elisa Scarpa, «O pensamento da floresta» Elisa Scarpa, «The thought of the florest»Elisa Scarpa, «Até sempre, Etiópia!» Elisa Scarpa, «So long Ethiopia!»Elisa Scarpa, «I’ve formed my resolution» Elisa Scarpa, «I’ve formed my resolution»
O Feio é uma atitude.
O núcleo de leitura do feio é violentamente político.
Quando se decide mostrar o feio quer-se chamar a atenção para ele. E muitas vezes o feio é o lado visível do mau — a miséria, a injustiça, a guerra. Não se nega o belo, mas também não se cala o feio. Não há estratégia de alienação que o afaste; ele é matéria do Real.
O feio é quase literalmente o mau, até porque o feio é a impossibilidade de ser belo, nesse sentido, é o imperfeito, mostra a nossa incompetência para fazer bem. Reconhecemos nele um veículo objectivo do sentir, como se ele estivesse na génese da nossa consciência.
A miséria, a injustiça, a guerra são os passaportes seguros para o sofrimento atroz, que faz de nós uns seres horrivelmente feios.
Desta fealdade coerciva nasce uma fúria em relação ao Real.
Essa fúria do feio é um acto de liberdade!