Álvaro Rosendo 18 de maio, 198218 de maio, 198218 de maio, 198218 de maio, 198218 de maio, 198218 de maio, 1982 - as pessoas que passavam demoraram a desviarem-se da sua desconfiança ou timidez e poucos «imprimiram» os pretendidos desenhos.18 de maio, 198219 de maio, 1982 - não desistiram19 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 1982 - a passagem constante dos veículos pela mesma área do papel provocou uma movimentação do «desenho» que terá sido o momento mais performativo do grupo19 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 198219 de maio, 1982
Primeira animação do Chiado – Art-Performance espontâneo em Lisboa
18 e 19 de maio de 1982
Um grupo de alunos dos 4º e 5º anos do cursos de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (atual Faculdade de Belas Artes) do ano letivo de 1981/1982 protagonizaram uma intervenção (para-) performativa nas imediações do edifício escolar situado no Largo da Academia Nacional de Belas Artes, ao Chiado, na Baixa Lisboeta.
No dia 18 de maio após o almoço, uma enevoada terça feira, procuraram a colaboração espontânea dos passantes da Rua Garret, colocando folhas de papel branco de grande formato coladas com fita adesiva ao chão, na expectativa que, ao pisá-las, as impressões das pegadas originassem «obras» desenhadas pelo acaso. As pessoas que passavam demoraram a desviarem-se da sua desconfiança ou timidez e poucos «imprimiram» os pretendidos desenhos.
Não desistiram. Na manhã seguinte, um pouco mais soalheira, estenderam «papel de cenário» (um papel de esboços, amarelado e de grande formato que se adquire ao metro ou em rolos), na mesma rua. O papel correu da frente da Basílica de Nossa Senhora dos Mártires até ao outro lado, sobre a via de circulação dos automóveis. A passagem constante dos veículos pela mesma área do papel provocou uma movimentação do «desenho» que terá sido o momento mais performativo do grupo, alterando a colocação transversal do papel para uma posição longitudinal na estrada, conseguindo, assim, a total «impressão» da obra sobre o suporte.
Participaram: Manuel San Payo, Jaime Lebre, Helena Pinto, Gonçalo Ruivo, Ana Vidigal, Inês Simões, Madalena Coelho, Xana Barata, Domingos Isabelinho, Marina Bairrão Ruivo, Nicolau Tudela, Pedro Proença, Caseirão, Fernando Brito e outros estudantes e transeuntes, de forma espontânea.