Ensaio Visual
20.05.2019
Foi, Começou, Foi
Isobel Atacus
Não há qualquer texto suplementar, mas tenho estado a pensar em falhas, desorientação, coisas que não / nunca / mesmo nunca fazem sentido, por mais simples que tudo pareça.
Isobel Atacus – Reunindo objectos fabricados e encontrados, muitas vezes usando a poesia como impulso ou ponte, a obra de Isobel Atacus move-se através da escultura, instalação e texto, para firmar-se na fronteira porosa entre algo narrativo e algo mais abstracto. Atacus é atraída por materiais que parecem contrariar a sua leitura inicial, assim explorando a inscrição da linguagem na matéria e o modo como os fluxos materiais podem ser mediados, redireccionados ou alterados. Os trabalhos resultantes geralmente incluem pequenas colecções ou arranjos que podem parecer imitar - ou contaminar – uma espécie de processo arquivístico.
Na obra de Atacus há também uma atracção por falhas humanas e tecnológicas, e pelas várias maneiras como elas perturbam processos produtivos eficientes, criando formas alternativas de circulação. Nos seus trabalhos mais recentes, as marcas de poeira e dos dedos passaram a ter uma forte presença material, como referência lúdica a erros de tradução e enganos. É também um questionamento dos modos de atribuição de valor a materiais precários e da forma como os materiais resistem a qualquer construção ou constrangimento. Atacus dirige também o projecto curatorial the icing room, espaço dirigido por artistas e editora londrina fundada em 2016. Mais informação: www.isobelatacus.com
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