Experimentar a consistência da laje com uma marreta pesada. Ouvir e ver como estremece. Notar se há partes ocas.
Utilizar barbante para delimitar claramente a área que se quer abrir.
Havendo a necessidade de linhas retas, uma ferramenta de corte pode ser útil.
Começar a abrir o primeiro buraco com uma picareta para aceder à total verticalidade da laje.
Continuar a descobrir as várias camadas sobrepostas. Considerar que materiais poderão ser potenciais contaminantes, como é o caso do alcatrão.
Enfraquecer a estrutura horizontal da laje para que seja possível alavancar pequenos pedaços de cascalho que se vão soltando uns dos outros.
Alargar a área do buraco, voltando à marreta sempre que necessário.
Remover regularmente pedaços de cascalho maiores, para facilitar o avanço da abertura.
Chegando à terra, verificar se existem grandes pedras soterradas. Estas ocupam o volume que as raízes das plantas poderiam utilizar.
Usar a picareta para alavancar essas grandes pedras para fora da terra.
No caso de serem demasiado pesadas para serem movidas de uma só vez, utilizar martelo e escopro para as partir em bocados mais pequenos.
Sachar a terra para separar as restantes pedras dos aglomerados que ainda se podem fragmentar.
Peneirar os primeiros palmos de terra para retirar pedrinhas mais pequenas.
Verificar a proporção entre a matéria orgânica e os minerais de várias granulometrias.
Fazer testes químicos ao solo para saber que nutrientes solúveis estão já disponíveis.
Fim da Parte I – Continua na Parte II
Este projeto encontra-se em desenvolvimento no pátio do CCOP, que fica na Rua Duque de Loulé 202, Porto. Foi criado no contexto do «Pastos e Pastos - Galeria Energia», um programa da Galeria Municipal do Porto, e inclui uma exposição de todo o processo no novo Mercado do Bolhão. Conta ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e foi desenvolvido ao longo de duas residências artísticas no Coliseu do Porto e na Galeria do Sol.