O Quarteto de Demian Cabaud foi um grupo que o Demian concebeu para fazer um concerto em Lisboa na Culturgest e outro no Porto na Porta-Jazz . Para o grupo escolheu alguns colaboradores de longa data como o André Fernandes e o Gonçalo Marques e também o veterano Jeff Williams, o «xamã» do grupo, um baterista com uma longa carreira e que tocou com alguns dos grandes nomes da história do Jazz. Este grupo tocava música original maioritariamente do Demian mas também dos outros músicos, e caracterizou-se, como muitos grupos do Demian Cabaud, por uma busca permanente, um sentido do risco sem perder de vista totalmente noções de melodia e de ritmo, e também, uma certa noção da história deste tipo de música improvisada.
Gonçalo Marques é trompetista de Jazz e também professor na Escola Superior de Música de Lisboa e na escola de Jazz do Hot Clube. Tem três discos editados como líder, sendo o último, «Canção do Homem Simples», editado pela editora «Robalo» que criou com Demian Cabaud. Outros discos recentes onde participa incluem «Xabregas 10» da Orquestra LUME, «Dança dos Pássaros» da orquestra de Jazz do Hot Clube e «Lifelike» de Jeff Williams. Está muito envolvido no ensino de Jazz para crianças, de que é exemplo o Atelier de Jazz da escola do Hot Clube, dirigido a alunos dos 10 aos 14 anos, do qual é director pedagógico. Faz a programação de Jazz do Café Tati e é responsável pela jam session naquele espaço aos domingos. Tem feito incursões noutras artes performativas, nomeadamente no teatro (por exemplo na peça «Ricardo III» encenado por Tónan Quito) e mais recentemente na dança contemporânea (na peça «As Bacantes» com coreografia de Marlene Monteiro Freitas).
Natural da Suazilândia mas há vários anos residente em Portugal, Yaw Tembe tem participado em vários projectos artísticos (desde a música às artes plásticas e à dança), tocando com vários músicos e criadores (entre o quais GUME, Zarabatana, Norberto Lobo, Joshua Abrams, Orphy Robinson Evan Parker, Hieroglyphic Being, Marlene Freitas e Madalena Vitorino). O seu trabalho é caracterizado pela exploração do Efémero e do Frágil num processo que atravessa as várias áreas onde se articula. Como trompetista, desenvolveu um trabalho baseado na exploração das possibilidades tímbricas deste instrumento através de recursos acústicos tais como a modificação de surdinas e de trompetes e na implementação de processos electrónicos, derivando em torno de influências como Jon Hassel, Bill Dixon, Axel Dorner, Pierre Bastien e Toshinori Kondo.
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