Pedro Paiva – Lisboa, Portugal, n.1977 em Lisboa. Frequentou a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e a UDK, Universität der Künste, Berlim. Paiva trabalha como artista visual desde 2001, quando iniciou uma parceria artística com João Maria Gusmão (1979), que se prolongou até 2021. Nos últimos vinte anos, o seu trabalho foi apresentado em exposições em museus, bienais, galerias de arte, cinemas e até palcos de teatro. Recentemente, Pedro Paiva encenou, em colaboração com Cláudio da Silva e Carolina Dominguez, a peça de teatro Woyzeck, Fuk'em'ol!, que teve a sua estreia no contexto do festival BoCca, em 2023. Finalizou a sua primeira longa-metragem de ficção, A-Moeda-Viva, que estreou no passado mês de Março, 2024, na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.Também em Março de 2024, inaugurou a sua exposição individual, Em Frente da Porta, do Lado de Fora, na Galeria Francisco Fino, Lisboa.
A sua longa colaboração com João Maria Gusmão sempre se afirmou num campo multidisciplinar, entre o filme analógico experimental, a fotografia, a instalação e a escultura. Desenvolveram, simultaneamente, um discurso ensaístico e editorial. O uso de processos obsoletos de reprodução de imagem e objectos, como projeções de filmes em 16mm/35mm, slides, câmaras obscuras, esculturas em bronze, suporta um vocabulário estético baseado em referências filosóficas como Nietzsche ou a literatura fantástica e de ficção científica. A sua carreira foi consolidada internacionalmente em eventos como a Bienal de São Paulo, Brasil (2006), Mercosul Bienal, Porto Alegre (2007), Manifesta 7, Bolsano (2008) e Photoespaña, Madrid (2008). Representaram Portugal na 53ª Bienal de Veneza em 2009. Foram convidados a apresentar o seu trabalho na exposição principal na 55ª Bienal de Veneza (2013) com o título The Encyclopedic Palace. Em 2021, apresentaram uma exposição de carácter antológico no Museu de Serralves, Porto, denominada Terçolho.