Imagens encontradas online das duplas Ulay & Abramovic, Allora & Calzadilla, Detanico & Lain, Bernd and Hilla Becher, David Bestué y Marc Vives, Bleda y Rosa, Broomberg & Chanarin, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Claes Oldenburg & Coosje van Bruggen, Claire Fontaine, Dewar & Gicquel, Días & Riedweg, Doris Lasch / Ursula Ponn, Elmgreen & Dragset, Equipo Crónica, Eva and Franco Mattes, Eva & Adele, Fischli/Weiss, Gert & Uwe Tobias, Gilbert & George, John Wood & Paul Harrison, Ilya & Emilia Kabakov, Jake and Dinos Chapman, Janet Cardiff & George Bures Miller, Christo and Jeanne-Claude, Joana Hadjithomas & Khalil Joreige, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Jos de Gruyter & Harald Thys, Los Carpinteros, Los Super Elegantes, Los Torreznos, McDermott & McGough, Muntean / Rosenblum, Musa Paradisíaca, Tim Noble & Sue Webster, Pierre et Gilles, Teresa Hubbard / Alexander Birchler, Thomson & Craighead, von Calhau e Jane and Louise Wilson que representam aqui apenas uma pequen(íssim)a fracção das inúmeras duplas em actividade no campo das artes visuais.
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A dream you dream alone may be a dream, but a dream two people dream together is a reality.
John Lennon in Yoko Ono, Grapefruit, 1964 (Simon & Schuster, New York, 2000)
Jean Baptiste de Montaigne Champaigne / Nicolas de Platte, Double Portrait of Two Artists, 1654
The two artists painted portraits of each other on the same canvas.
Hans Haacke, Artists, undated (in Viewing Matters, Richter Verlag / Museum Boijmans Van Beuningen, Düsseldorf / Rotterdam 1999)
É um, perfeito em dois; são dois em um.
Carlos Drummond de Andrade, Amor - pois que é palavra essencial, não datado (Editora Record, Rio de Janeiro, 1992)
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A confiança que temos em nós mesmos reflecte-se, em grande parte, na confiança que temos nos outros.
François de La Rochefoucauld, «Escrito na pedra», não datado (in Público, Lisboa, 2017)
(...) as associações tornam o homem mais forte e põem em relevo nele os melhores dotes do indivíduo singular e conferem, simultaneamente, aquela espécie de alegria que, permanecendo uma pessoa só, raras vezes sente constatar como é elevado o número de pessoas honestas, corajosas e capazes e pelas quais vale a pena quererem-se coisas boas: ao passo que vivendo-se isolado, se chega facilmente à conclusão contrária, descobrindo-se quase sempre a outra face das pessoas, essa face perante a qual é sempre necessário ter a mão pousada no punho da espada.
Italo Calvino, O barão trepador, 1957 (Portugália Editora, Lisboa)
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«We bring very different sensibilities,» says Broomberg. «One acts as a sounding board to the other. Our work becomes almost anonymous because neither of us are really the author, and that gives us great freedom. The artist is usually seen as an individual genius. That a work might be the result of a discussion, rather than somebody's subconscious, disturbs people. Especially with photography, because photographers are meant to have a perfect sense of timing, and sometimes we don't even know which of us took the picture.»
Adam Broomberg cited by Lucy Davies, I thought of it as a horrific piece of fiction, 2014 (in Review – The Daily Telegraph, London)