águas tortas

«, vários opostos aparentes fundem-se e fluem neste caminho. contrastando sons naturais e acústicos com sons de violino processados electronicamente por pedais, imagens reais e manipuladas, improvisação …

Ensaio Visual

ONE MORE TIME – BOWFINGER REVISITED

Isa Toledo & Sara Black McCullough

Autor em residência

CORPO MANIFESTAÇÃO – PEQUENO LÉXICO DA HISTÓRIA DA PERFORMANCE EM PORTUGAL Episódio 1: PLASTÍCIFES

Paula Pinto

B
r
e
v
e
s

Wrong Wrong n.24

A Performance

Ensaio Visual 17.11.2020

À LA FUITE #2 – LE MENEUR DE LUNE

Elisa Pône

Em 2010, dirigi três curtas metragens, reunidas sob o título principal À LA FUITE (EM FUGA). O projeto pretendia activar as diretrizes da deriva. Figuras em fuga, os personagens expressam a deriva através do suspense, do rompimento ou da abdicação. Numa sociedade que não distingue muito bem a realidade da ficção ou da falácia, o projecto convoca os invisíveis para onde eles pareciam não mais ter lugar.

Só consigo afastar-me recuando, virado para aquilo de que estou a fugir, e para melhor voltar. – Tony Duvert, Récidive, 1967

A segunda obra tem o título do livro, Le meneur de lune (O guia de lua), um auto-retrato do seu autor, Joë Bousquet.

A morte e o guia de lua.

Não morto, propriamente, no sentido em que a vida tenha parado, mas no sentido em que a separação entre a vida e a morte perdeu todo sentido para ele. – Pierre Bayard sobre Joë Bousquet. Demain est écrit (Amanhã é escrito), 2005

Joë Bousquet foi um poeta francês nascido no final do século XIX. Ferido enquanto soldado durante a Primeira Guerra Mundial, ficou paralisado para o resto da vida. A dor constante fez dele um consumidor regular de ópio e analgésicos. A sua poesia é assolada pela própria experiência do intervalo entre o seu encontro com a morte e a morte efectiva. A sua concepção de tempo ao longo da vida está sujeita à reorganização e a retroactivas interpretações dos factos.
A minha ferida existia antes de mim, nasci para encarná-la.

A sequência é uma deriva. Um homem velho atravessa vastas paisagens montanhosas. A sua marcha é vigorosa, embora pareça desorientado. Usa botas vermelhas, como Joë Bousquet usava quando foi baleado durante a guerra. O meu interesse aqui era o de explorar o «misterioso desvio num tempo como que estacionário», como lhe chama Pierre Bayard. Filmámos com lentes de longo alcance, como as usadas em estádios para captar as gotas de suor dos jogadores de futebol. Estávamos tão longe do actor (normalmente a mais de 400 metros) que se tornou impossível não confiar na certeza dos seus passos. O vínculo surgia do afastamento. O sol brilhava tanto que a humidade do chão se tornava visível. O áudio amplia alguns drones de arco, como quem tenta inverter a curva do solo.

Ensaio Visual

A prisão dos poetas

Bertrand Dezoteux

Ensaio Visual + Autor em residência

TERCEIRA NATUREZA #3

José Bértolo