Ir a uma praia de água limpa para recolher água do mar. Depois de diluída em água doce, todos os elementos de que as plantas necessitam estão presentes em pequenas quantidades.
Cortar vários tipos de algas encontrados na praia, pois estas contêm muitos sais minerais raros na superfície da crosta terrestre.
Partir conchas com um martelo, para facilitar a solubilização do carbonato de cálcio.
Peneirar as conchas esmagadas para obter um pó fino que rapidamente se mistura na água.
Visitar uma floresta saudável para de lá recolher uma boa mistura de microorganismos indígenas. Utilizar matéria carbónica como substrato de multiplicação e transporte para evitar a extração insustentável de terra fértil.
Identificar e clonar fungos locais que sejam capazes de decompor e neutralizar contaminantes problemáticos.
Propagar o micélium desses fungos em água.
Arranjar um recipiente e um compressor de ar para oxigenar água.
Multiplicar uma grande variedade de microorganismos adicionando composto de boa qualidade ao areador líquido.
Adicionar algas e outros materiais marinhos ao processo.
Regar profusamente o solo que se quer melhorado, tentando infiltrar os microorganismos benéficos o mais fundo possível, para que lá continuem a restaurar a fertilidade da terra.
Fim da Parte II – Continua na Parte III
Este projeto encontra-se em desenvolvimento no pátio do CCOP, que fica na Rua Duque de Loulé 202, Porto. Foi criado no contexto do «Pastos e Pastos - Galeria Energia», um programa da Galeria Municipal do Porto, e inclui uma exposição de todo o processo no novo Mercado do Bolhão. Conta ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e foi desenvolvido ao longo de duas residências artísticas no Coliseu do Porto e na Galeria do Sol.