Beauty Codes

Beauty Codes

Inaugurou a 27 de Julho, na  Kunsthalle Lissabon, a mostra «Beauty Codes (order/disorder/chaos): Act II», a terceira parte de um projecto realizado entre três instituições, a revista CURA, a Fondazione Giuliani e a Kunsthalle Lissabon, ao longo de seis meses. 

Vista parcial da exposição na Kunsthalle Lissabon. Fotografia: Mário Martins

Depois de apresentações nas instalações dos parceiros internacionais, o projecto tem agora continuidade em Lisboa com a mostra de trabalhos de Lili Reynaud-Dewar, Haris Epaminonda, Luca Francesconi, Jacopo Miliani, André Romão e Daniel Steegmann Mangrané.

André Romão, «Notes on the History of Violence», 2011/13. Fotografia: Bruno Lopes

Realizado em três episódios, o ponto de partida do projecto é a oposição entre ordem e desordem que marcou o pensamento moderno, bem como a obra O Nascimento da Tragédia de Friedrich Nietzsche. Para além dos artistas representados em Lisboa, o projecto contou com a exibição de obras de Pedro Barateiro, Pablo Bronstein, Fischli/Weiss, Amalia Pica e Alexandre Singh.
A mostra permanece até 26 de Setembro, de quinta a sábado, na Kunsthalle Lissabon. SVJ

A Terceira Imagem

A Terceira Imagem

O Arquivo Fotográfico de Lisboa apresenta «A Terceira Imagem – A Fotografia Estereoscópica em Portugal e o Desejo do 3D», uma exposição  de fotografia estereoscópica realizada em Portugal, que resulta do levantamento e estudo das coleções e dos fundos de fotografia estereoscópica dos museus e arquivos públicos portugueses. Esta mostra foi possível na sequência de um projeto de investigação, «Stereo Visual Culture – A cultura visual da fotografia estereoscópica portuguesa» (CICANT, Universidade Lusófona), que tem como objectivo estudar e caracterizar a estereoscopia em Portugal a partir das imagens fotográficas produzidas nos séculos XIX e XX, assim como os discursos estruturados a partir delas, recolhidos em jornais e revistas especializadas de 1869 a 1945. De algum modo, a cultura visual da estereoscopia poderá ter algum paralelismo com a contemporaneidade, na medida em que se procura captar a atenção do espectador através de dispositivos, como as técnicas de projecção em 3D, ultrapassando a mera observação de imagens. O estudo está a ser levado a cabo por uma equipa multidisciplinar com investigadores de várias universidades.
O leque de fotógrafos que integram a exposição inclui Aurélio da Paz dos Reis, Alberto Marçal Brandão, Emílio Biel, Francisco Afonso Chaves, Jorge Almeida Lima, Arthur Benarus e outros, alguns dos nomes da fotografia portuguesa que utilizaram esta técnica. Para além de algumas imagens originais e visores de época, a exposição integra ainda estereoscopias em formato digital, apresentadas em ecrãs 3D e séries estereoscópicas comerciais portuguesas e anúncios publicitários a câmaras estereoscópicas.
A exposição é promovida pelo projecto Stereo Visual Culture, com o Arquivo Municipal de Lisboa — Fotográfico e o m|i|mo, Museu da Imagem em Movimento de Leiria e tem curadoria de Victor Flores, Sofia Castro e Ana David. Inaugurada em 17 de Abril, a exposição viu o seu período de permanência alargado até ao dia 22 de Agosto de 2015. O local de exposição é no Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico, na Rua da Palma, n.º 246, em Lisboa. MM

ABSTRACÇÃO = AGNES MARTIN

ABSTRACÇÃO = AGNES MARTIN

Na arte contemporânea são muitos os sinais de que a abstracção e a arte moderna suscitam um crescente interesse das mais novas gerações de artistas, investigadores e instituições. Talvez por isso, as suas figuras chave estejam a ser motivo de novos estudos e curadorias. Nalguns casos a atenção recai sobre o trabalho de artistas do sexo feminino, seja da primeira ou da segunda metade do século XX. 
A Tate Modern apresenta neste momento uma exposição dedicada a Sonia Delaunay, «The EY Exhibition» e também uma mostra retrospectiva do trabalho de Agnes Martin, artista canadiana associada ao minimalismo e que se tornou uma figura preponderante na abstracção americana da segunda metade do século XX.

Agnes Martin, «Friendship», 1963. Museum of Modern Art, New York. © 2015 Agnes Martin / Artists Rights Society (ARS), New York

A exposição de Agnes Martin reúne um amplo conjunto de peças da artista, que cobre desde a fase inicial de experimentação do seu trabalho até às últimas peças realizadas em 2004. Nascida no Canadá em 1912, Martin viajou para Nova Iorque e foi aí que se estabeleceu em Coenties Slip. 
A mostra inclui as suas primeiras peças, menos conhecidas, bem como as da década de sessenta. Neste núcleo figura «Friendship» (1963), que apresenta as  grelhas que se tornaram emblemáticas da sua produção artística e também a tela «On a Clear Day» (1973), da década de setenta, realizada após um período marcante da sua vida.

Agnes Martin, «On a Clear Day», 1973. Parasol Press, Ltd. © 2015 Agnes Martin / Artists Rights Society (ARS), New York

Em 1964, Agnes Martin retira-se da cena nova-iorquina em busca de isolamento, o que a leva a viajar pelos Estados Unidos e Canadá durante dois anos. Atraída pelo New Mexico – como ocorreu com Georgia O'Keeffe e outros artistas como DH Lawrence, Edward Hopper e Mark Rothko –, Agnes Martin estabelece-se nessa zona desértica, onde viveu durante o resto da sua vida. Muito associada aos autores minimalistas, o seu trabalho passou a integrar influências da cultura local bem como do Taoísmo e do Budismo Zen. A exposição conta ainda com trabalhos mais tardios da artista, pertencentes a colecções privadas, em que reintroduz formas geométricas que havia experimentado no início da sua carreira. 
Patente na Tate Modern, em Londres, até 11 Outubro, a mostra é organizada por esta instituição em colaboração com a Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen (Düsseldorf), o Los Angeles County Museum of Art e o Guggenheim de Nova Iorque, museus por onde se efectuará a sua itinerância ao longo de 2015 e 2016.  SVJ

Leonor Antunes, I Stand Like A Mirror Before You

Leonor Antunes, I Stand Like A Mirror Before You

«I Stand Like A Mirror Before You» é a primeira apresentação de Leonor Antunes, artista portuguesa que vive actualmente em  Berlim, numa instituição de Nova Iorque, o New Museum. A mostra inclui um corpo de novas obras feitas para a Lobby Gallery do museu, espaço expositivo situado no rés-do-chão do edifício, e estabelece uma relação com o exterior, num encontro entre um espaço de exposição privada e pública. 

Leonor Antunes, «I Stand Like A Mirror Before You», 2015. Cortesia: New Museum. Fotografia: Benoit Pailley

Leonor Antunes tomou como referência algumas artistas, arquitectas e designers menos conhecidas da história da arte com trabalhos de algum modo ligados a Nova Iorque e tal opção não foi por acaso, vem na sequência de trabalhos anteriores.
A artista aborda questões de espaço, medição e estrutura de composição que foram adaptadas ao espaço do museu. Materiais artesanais como madeira, bambu, couro, bronze e corda, são usados como demarcações verticais ou horizontais no espaço ou como redes e grades transparentes, que criam relações de transparência e ocultação, dividindo e subdividindo a galeria.
Leonor Antunes fez exposições individuais no Pérez Art Museum Miami (2014), Kunsthalle Basel (2013), Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris (2013), Reina Sofía, Madrid (2011), e Museu de Serralves, Porto, Portugal (2011) e recentemente integrou a 8th Berlin Bienale for contemporary art (2014).
«Leonor Antunes: I Stand Like A Mirror Before You» está patente desde 6 de Junho e pode ser visitada até 6 de Setembro. MM

Constellating Images

O centro de arte contemporânea Villa du Parc, em Annemasse, França, abriu a 25 de Junho a mostra «Constellating Images», dedicada a  trabalhos baseados na colagem, arquivo e apropriação,

Constellating Images


O centro de arte contemporânea Villa du Parc, em Annemasse, França, abriu a 25 de Junho a mostra «Constellating Images», dedicada a  trabalhos baseados na colagem, arquivo e apropriação, práticas artísticas que tendo ressurgido na primeira década deste século são contemporâneas do desenvolvimento da Internet e da navegação em rede, possível graças aos motores de busca que nos permitem classificar e aceder a grandes massas de informação através de palavras-chave.

Alexandra Leykauf, «untitled», 2015. Cortesia da artista

Centrada na forma da «constelação», figura usada inicialmente na astronomia, esta exposição apresenta projectos que privilegiam a associação e agrupamentos de imagens de diferentes naturezas, procedências e épocas, bem como rotas diferenciadas que ofereçam uma alternativa aos modos habituais de classificar e percepcionar imagens.  
Com curadoria de Garance Chabert & Aurélien Mole, apresentam-se trabalhos de Luis Jacob, Ryan Gander, Aurélien Froment, Alexandra Leykauf, Benoit Maire, Jonathan Monk, Sara VanDerBeek; «The Infinite Library» de Haris Epaminonda e Daniel Gustav Cramer, e «Unpacking my Library, (re)composition» de Christophe Daviet-Thery, até 20 de Setembro. SVJ