Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno

Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno

O Museu Calouste Gulbenkian apresenta a partir de 3 de Fevereiro uma exposição antológica de Almada Negreiros que sublinha uma visão transversal da sua intervenção artística e uma concepção plural da modernidade.
 

Almada Negreiros, «La Tragedia de Doña Ajada» (lanterna mágica para música de Salvador Bacarisse com poemas de Manuel Abril) - IV. «La luna rota», [1929]. Colecção Salvador Bacarisse e Jennifer Bacarisse


«Uma maneira de ser moderno» tem curadoria de Mariana Pinto dos Santos com Ana Vasconcelos e reúne obras que atravessam o século XX,  entre elas pintura e desenho, bem como outros trabalhos que cruzam diferentes áreas, muitas vezes realizados em colaboração com outros criadores, como arquitetos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores. A mostra conta também com obras e estudos inéditos que aproximam os espectadores dos processos de trabalho do artista.

Almada Negreiros, Sem título, sem data. Colecção particular

De entre as várias iniciativas que acompanham a exposição – visitas comentadas e conversas –, destacamos a mesa redonda dedicada à discussão dos «Modernismos em rede», com a participação de Richard Zenith, Penelope Curtis, Joana Cunha Leal, que acontece a 22 de Fevereiro, às 18h00, com entrada livre, no Foyer do Grande Auditório. O programa pode ser consultado no website do museu. A mostra permanece até 5 de Junho de 2017. WW

«A Grande Bebedeira»

«A Grande Bebedeira»

«Era tarde, quando começámos a beber. Todos achávamos que era mais do que tempo de começar. Não nos lembrávamos do que tinha acontecido antes. Pensávamos apenas que já era tarde. Saber de onde vinha cada um de nós, em que ponto do globo estávamos, ou sequer se se trataria mesmo de um globo (o que, aliás, nem era assunto), em que dia do mês de que ano, eram tudo coisas que nos ultrapassavam. Não são perguntas que se façam quando se tem sede. Quando se tem sede, está-se sempre à cata de ocasiões para beber, ainda que se faça de conta que se repara noutras coisas.» – René Daumal, «A Grande Bebedeira», 1938
 

«A Grande Bebedeira» de René Daumal terá lançamento no Bar Irreal a  26 de Janeiro, às 19h. O livro editado pela Dois Dias, tem tradução de Lurdes Júdice e é ilustrado por desenhos de João Maria Gusmão e Pedro Paiva.
O evento de lançamento conta com a leitura de excertos feita por Bruno Humberto e Gonçalo Alegria e uma conversa com Lurdes Júdice, tradutora, e Vasco Santos, editor da Fenda e psicanalista/psicoterapeuta.
O Bar Irreal fica na Rua do Poço dos Negros, n. 59, em Lisboa. WW

«The Skin of Labour» na Madragoa

«The Skin of Labour» na Madragoa

Adrián Balseca, «The Skin of Labour». Vista da instalação na Galeria Madragoa

Com fecho inicialmente previsto para 13 de Janeiro, a exposição «The Skin of Labour» de Adrián Balseca pode ser vista até 21 de Janeiro na Galeria da Madragoa. Esta primeira mostra do artista equatoriano na galeria reúne diferentes peças, um filme de 16mm, um objecto e fotografias, que compõem o projecto realizado sobre uma plantação de borracha na paisagem amazónica equatoriana.

Adrián Balseca, «The Skin of Labour», 2016. Impressão digital em papel Ilford, 27 x 36 cm

Neste projecto, Adrián Balseca, artista residente em Quito, evoca a paisagem, a realidade e a imagem idílica da floresta e, simultaneamente, a presença humana e as relações de trabalho existentes nestas plantações, alicerçadas na escravidão e precariedade, assim como as transformações e os desenvolvimentos técnicos que afectam globalmente a natureza, os ecossistemas e as economias e comunidades locais.

Adrián Balseca, «The Skin of Labour», 2016. Impressão digital em papel Ilford, 27 x 36 cm

A imagem central do projecto é a forma particular dos colectores de látex, que tomam a forma de uma luva negra, uma presença sensível associada à mão e à pele, que nos dá uma forte imagem plástica num território marcado desde o século XVIII pela extracção e exploração humana da natureza.

A Galeria Madragoa fica na Rua do Machadinho, n. 45, em Lisboa. SVJ

It’s a Book

It’s a Book

Os livros infantis têm um novo espaço em Lisboa. A livraria It’s a Book conta com uma oferta de livros de editores nacionais e internacionais, edições de autor que primam pela criatividade e pela qualidade conceptual, artística e didáctica dos objectos livro que apresentam.
Lugar de descoberta, este projecto pretende também ser um espaço de reflexão, aprendizagem e experimentação com a organização de oficinas em que crianças e adultos poderão explorar as potencialidades do livro infantil.
No dia 21 de Janeiro, decorre a partir das 15h30 o lançamento do livro «Li – A Menina às Pintinhas», com texto e ilustrações de Elias Gato. No dia 28 de Janeiro terá lugar a Oficina Tutti Frutti com Yara Kono.
A livraria It’s a Book fica nos Anjos, na Rua Forno do Tijolo, 30-A, em Lisboa. Mais informações sobre a livraria e actividades em: https://www.facebook.com/livrariaitsabook/
WW

«Atelier-Museu», primeira desordem

«Atelier-Museu», primeira desordem

A exposição «Atelier-Museu», da dupla de artistas que forma o projecto primeira desordem inaugura na Zaratan - Arte Contemporânea a 12 de Janeiro, quinta-feira, às 19h.


primeira desordem iniciou-se em 2015 com Hugo Gomes e João Marques, com uma pesquisa e exploração sobre espaços urbanos, «abandonados, devolutos e inutilizados, abertos ou fechados, públicos ou privados», sobre os domínios dos seus usos e funcionamento e os seus contextos sociais, culturais e políticos.
A exposição na Zaratan parte de um atelier abandonado descoberto na Rua do Salitre em Lisboa, que a dupla reactiva e utiliza furtivamente como espaço de reflexão. Através dessa situação precária de uso e relação com a anterior função do espaço, os autores questionam noções de memória, autoria, originalidade e falsificação e os limites de conceitos de propriedade pública e privada.
A exposição decorre de 12 de Janeiro a 11 de Fevereiro de 2017. Mais informações sobre os eventos da Zaratan, no website da galeriaSVJ