Amadeo de Souza-Cardoso / Porto Lisboa / 2016-1916

Amadeo de Souza-Cardoso / Porto Lisboa / 2016-1916

Inaugura amanhã, às 19h00, no MNAC - Museu do Chiado, em Lisboa, a exposição «Amadeo de Souza-Cardoso / Porto Lisboa / 2016-1916». Com curadoria de Marta Soares e Raquel Henriques da Silva, o projecto visa revisitar as obras mas também as exposições que o artista realizou em Portugal há cem anos, evocar os espaços onde decorreram e a figura de Amadeo enquanto artista-curador.
Depois de no Museu Nacional Soares dos Reis ter sido destacada a primeira mostra individual que o artista realizou no Jardim Passos Manuel no Porto, no Museu do Chiado evoca-se agora a exposição que decorreu na Liga Naval Portuguesa, entre 4 e 18 de Dezembro de 1916. As questões levantadas por este projecto são muitas e interessantes. Nas palavras das organizadoras serão nomeadamente estas algumas das reflexões centrais desta iniciativa: «O que se viu há cem anos e o que vemos hoje nas obras expostas? Como eram os espaços onde Amadeo expôs? Qual o papel de Amadeo enquanto 'comissário' de si próprio? O que poderá ter motivado as reações mais violentas? O que se escreveu na imprensa? Que discussões houve em torno da pintura de vanguarda?».
A exposição está aberta de 11 de Janeiro a 26 de Fevereiro de 2017, com um programa de conferências e visitas que pode consultar em Museu do Chiado e no website do projecto. SVJ

OPEN CALL - Conferência internacional «The Museum Reader»

OPEN CALL - Conferência internacional «The Museum Reader»

A conferência internacional «The Museum Reader», organizada pelo Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, tem por objectivo propor linhas temáticas e pontos notáveis para pensar, reflectir e debater novas realidades, práticas e condições de trabalho detectadas nos museus deste século XXI. Pretende-se analisar e sistematizar novos modos e paradigmas, tendências e diferentes práticas e formas de pensar o papel das instituições artísticas no contexto do actual panorama artístico.

Em foco estarão os seguintes temas:

·         Os museus na passagem do século XX para o século XXI

·         O museu e a concepção neoliberal de cultura

·         As transformações paradigmáticas das instituições artísticas no contexto da actual ordem social, económica e política

·         A crítica institucional enquanto investigação dos contornos e funcionamento das instituições de arte

·         O museu como lugar de negociação e conflito

·         O potencial das instituições e a nova esfera institucional: o novo Institucionalismo, a museologia radical, museologia crítica

·         Crítica e experimentação nas instituições artísticas

·         Práticas institucionais e não institucionais no museu

·         Quais as exigências e desafios das práticas artísticas contemporâneas para os museus e instituições artísticas

·         A futura identidade das instituições artísticas

Convidamos os interessados a enviar um resumo (não mais de 300 palavras), acompanhado de uma breve biografia (aprox. dois parágrafos) para os elementos do comité de organização, através do email themuseumreader2017@gmail.com,  até 13 de Janeiro de 2017. Os participantes serão notificados até ao fim de Janeiro e o programa da conferência será anunciado em meados de Fevereiro. As línguas da conferência são o inglês e o português.

Uma selecção das comunicações apresentadas na conferência serão publicadas num número especial da revista Wrong Wrong (ISSN 2183-5527).

Para assuntos administrativos e questões práticas, por favor contactar Ana Celeste Glória (themuseumreader2017@gmail.com)

A Conferência terá lugar no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado a 9 e 10 de Março de 2017. Mais informação aqui

Espaço e Cinema

Espaço e Cinema

«O Cinema e o Mundo: Estudos sobre Cinema e Espaço» é um projecto de investigação em Estudos de Cinema que decorre desde 2015 no Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Nos dias 28 a 30 de Novembro decorrerá na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa uma conferência internacional dedicada ao tema e que contará com a presença de James Benning, Teresa Castro, Tom Conley e Maurizia Natali como key-note speakers para além de um grande conjunto de investigadores que irão debater o tema em análise.  
A conferência é uma iniciativa destinada a questionar e a dar continuidade à discussão científica sobre espacialidade fílmica. Num tempo caracterizado pela mudança radical das práticas de exibição e de recepção dos filmes, a «mise en scène» e os dispositivos cinematográficos reagem de forma diferente à percepção contraída, fragmentada, contemporânea do mundo. Neste sentido, os aspectos políticos, históricos, filosóficos e estéticos da produção, realização e crítica de cinema devem ser tidos em conta na análise do modo como o tempo é espacializado na criação da imagem em movimento (argumento, trabalho de câmara, montagem) e na sua recepção (o «apparatus»).
O projecto «O Cinema e o Mundo», coordenado pela investigadora responsável Filipa Rosário, pertence ao grupo de investigação THELEME – Estudos Intermedia e Interartes. Mais informações e programa da conferência em: «O Cinema e o Mundo: Estudos sobre Cinema e Espaço».WW

The New Art Fest’16

The New Art Fest’16

Arranca hoje (3 de Novembro), ocupando vários espaços da cidade de Lisboa, o «The New Art Fest’16». Durante uma semana (encerra dia 10), são apresentadas várias propostas artísticas que têm como denominador comum estabelecerem pontes de diálogo e intersecção entre a arte, a ciência e a tecnologia.

Pedro dos Reis, «Stalk», 2006

Participam no  novo festival internacional de «new media», «post internet art» e «internet of things» cerca de 40 artistas de diferentes nacionalidades, entre os quais os portugueses Miguel Palma, André Sier, Miguel Santos e Pedro dos Reis, entre muitos outros cujas obras se materializam em suportes distintos, incluindo instalações fortemente interactivas e digitais, para além de «media» mais tradicionais como a fotografia ou a escultura.

André Sier, «Mathx», 2010

Dividido em diferentes secções, o «The New Art Fest’16» apresenta-se no Museu Nacional de História Natural e da Ciência («Bending» e «Continuum») e expande-se através de um circuito urbano de arte digital – «Bit Street» – que ocupa várias montras de lojas da zona do Chiado, como a Diesel (Praça Luís de Camões), a Fábrica Features ou a Vista Alegre (Largo do Chiado), mas também a Livraria Sá da Costa (Rua Garret) e até mesmo um escritório de advogados (Tous e Sérvulo & Associados, também na Rua Garret).

Miguel Palma, «Desert Suit», 2012

O Time Out Market (Mercado da Ribeira) e diversos painéis digitais TOMI distribuídos pela cidade, completam esta primeira edição de um festival que promove as artes digitais, programado para coincidir com o «Web Summit», e que se propõe reflectir sobre alguns paradoxos que marcam a contemporaneidade, como as redes sociais. A organização do evento é assinada pela Ocupart – Arte em espaços improváveis e a direcção artística é da responsabilidade do também artista António Cerveira Pinto. WW

BF16 – Arquivo e observação

BF16 – Arquivo e observação

Vila Franca de Xira volta a promover mais uma edição, a 13ª, da Bienal de Fotografia da cidade (BF16). Até 22 de Janeiro, são 15 espaços, de tipologias distintas e imprevistas (museus, galerias e bibliotecas, mas também hotéis, cafés e habitações particulares), que acolhem exposições subordinadas ao tema «Arquivo e observação», definido para este ano. São apresentadas obras de 30 artistas (maioritariamente portugueses, a única excepção é espanhola) seleccionados pelo curador-geral, David Santos, e pelos curadores Margarida Mendes e Bruno Leitão, convidados pelo actual subdirector-geral do Património Cultural e ex- director do Museu do Chiado e do Museu do Neo-Realismo.

José Maçãs de Carvalho, série «Arquivo e vestígio», 2016. Fábrica das Palavras. © Mário Martins

Ana Rito, António Júlio Duarte, Catarina Botelho, Daniel Blaufuks, Eduardo Matos, João Grama, João Onofre, João Paulo Feliciano, João Tabarra, José Maçãs de Carvalho, José Pedro Cortes, Júlia Ventura, Luísa Baeta, Nuno Cera, Patrícia Almeida e David-Alexandre Guéniot, Pauliana Valente Pimentel, Rodrigo Oliveira, Rui Calçada Bastos, Rui Toscano, Susana Mendes Silva, Vasco Araújo e Vítor Pomar foram escolhas de David Santos. A bienal inclui ainda a selecção de André Sousa, do colectivo de vídeo Cem Raios t’Abram, da dupla !Von Calhau e de Mumtazz + Fernando Lemos, por Margarida Mendes, e de Salomé Lamas, Mónica de Miranda e Left Hand Rotation, convidados por Bruno Leitão.

José Pedro Cortes, «Concreto Armado», 2016. Clube Vilafraquense. © Mário Martins

Fortalecendo assim a sua vocação genética para a promoção de talentos emergentes, a bienal volta a consolidar a tendência, instalada em  2012, para a apresentação de um programa curatorial que integra muitos dos mais conceituados artistas portugueses da actualidade que trabalham (exclusivamente ou não) com fotografia.

João Paulo Feliciano, «Xabregas City», 2015/2016. Mercado Municipal de Vila Franca de Xira. © Mário Martins

Para além da curadoria partilhada, a edição que este ano comemora 25 anos (desde 1989) apresenta como novidade o lançamento do «Prémio BF16» a que corresponderá, a partir de 19 de Novembro, uma exposição integrante dos dez artistas seleccionados (a partir de um tema livre) para serem finalistas. CC