Setembro é o mês do recomeço e aos poucos vamos fazendo a aproximação às rotinas. Nada melhor do que avançar calmamente, folheando revistas, actualizando leituras. No meu caso peguei numa pequena publicação, a «octopus notes», que não conhecia e que descobri na Under the Cover, na Rua Marquês Sá da Bandeira, 88b (defronte à entrada do Jardim Gulbenkian), espaço dedicado à venda de revistas internacionais. Estão lá muitos títulos, uns conhecidos e outros nem tanto, de arte, moda, fotografia, comida, viagens, arquitectura, literatura, música, cultura e sociedade.

A «octopus notes» é uma publicação de arte cujo formato conjuga a divulgação da criação artística e trabalhos recentes de pesquisa universitária sobre temas da segunda metade do século passado até à actualidade. Cada número é composto por três colecções: «mémoire», um ensaio de investigação académica; «propos», uma entrevista ou produção escrita de um artista; e «notes», uma edição limitada produzida por um artista convidado.  A «octopus» vai agora no seu sexto número. Tenho em mãos o número 5 com um trabalho de investigação de Baptiste Pinteaux, intitulado «Hans Haacke: invention des résistances», sobre a tradição de pensamento crítico nas artes, as políticas da obra de arte nos anos 90 e a construção de comunidades políticas. O artista convidado é Jean-Luc Moulène.

A Under the Cover está aberta de segunda a sexta, das 11 às 19h e ao sábado do meio-dia às 18h. SVJ

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No dia 17 de Julho vai ter lugar a partir das 19h a segunda edição do ciclo «Do Liminar» na Zaratan – Arte Contemporânea, em Lisboa, com performances e lançamento da primeira edição da publicação do evento que decorre do convite a um escritor e a um fotógrafo para «criarem um lastro, tradução, crítica livre» de cada sessão.

Este segundo episódio «Do Liminar» conta com performances de Valério Ismaeli, Giorgia Ghione e Gonçalo Alegria, posteriormente interpretadas por Inês Cabral (fotografia) e Miguel Castro Caldas (texto). A entrada é livre para sócios (quota anual 3€). 

A primeira edição da publicação «Do Liminar» reúne um ensaio textual de Rui de Almeida Paiva e um ensaio fotográfico de Sara Rafael, concebidos a partir das performances apresentadas durante o primeiro episódio do ciclo que decorreu a 19 de Junho. O design da publicação é de Marco Balesteros e Isabel Lucerna.

Este ciclo dedicado a objectos experimentais no campo da performance, entendida como linguagem e prática alargada a intervenções transdisciplinares acontece uma vez por mês e os organizadores aceitam propostas de apresentação para as próximas edições. O e-mail de contacto é: zaratan.ac@gmail.com
WW

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André Alves apresenta a exposição «Parasita Obrigatório» no espaço O Armário. A sua intervenção, que faz uso do som e da narrativa pessoal, refere-se a uma conversa entre duas pessoas numa viagem de camioneta suburbana, onde são afloradas questões como o desejo e certas dinâmicas recorrentes nas relações humanas.
A descrição literária desse acontecimento real encontra uma tradução sonora e uma aproximação visual na exposição que se expande do armário ao espaço ambiente da sala. A pairar ficam as questões: Qual a validade e exemplaridade da experiência alheia? É ela contagiosa?
A inauguração é no dia 16 de Julho às 18h no espaço O Armário (Calçada da Estrela, 128-A, Lisboa). A partir das 19h realiza-se a performance de Vânia Rovisco, «mastercell (because we are many)». WW

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Gustavo Sumpta apresenta a performance «Assim não vais longe», hoje (2 JUL), às 21h30, no NEGÓCIO, na Rua de O’Século 9, em Lisboa. Esta sessão corresponde a uma primeira fase de criação de um novo projecto que o artista desenvolveu em Junho durante a sua participação nas residências NEGÓCIO/ZDB 2016 e enquadra-se no desejo inscrito no programa, de paralelamente à criação de novos trabalhos, oferecer possibilidades de potenciar os recursos que as residências permitem, fazendo circular e repor peças com cariz intimista dos criadores residentes.

«Assim não vais longe» já tinha sido apresentada em duas ocasiões – em 2007 no atelier Re.al e em 2011 no Festival Circular – e pretende «agir ao nível da percepção visual, no que respeita à construção de um espaço, tendo como princípio condutor a luz e o seu movimento, a acção como consequência para um fim e o domínio do tempo».

Gustavo Sumpta nasceu em Luanda (Angola), em 1970. Vive e trabalha em Lisboa. Frequentou a Licenciatura em História na Faculdade de Letras do Porto. Fez o Curso Profissional de Intérprete no Ballet Teatro Contemporâneo do Porto. Colaborou como assistente e actor em diversos filmes de Pedro Costa, nomeadamente: «Cavalo Dinheiro» (2014), «Juventude em Marcha»(2006) e «End of the love affair» (2003). Escreveu e foi intérprete com o coreógrafo João Fiadeiro nas apresentações «Existência» (2002) e «Para onde vai a luz quando se apaga» (2006). Ensinou Escultura na Ar.co, em Lisboa, de 2009 a 2013 através do convite de Rui Chafes, director do programa de Escultura da escola.

Mais informação em «Assim não vais longe» de Gustavo Sumpta > NEGÓCIO. WW

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A 2 e 3 de Julho (Sábado/Domingo) realiza-se a EDIT – feira de edições de Lisboa, das 15.00h às 21.00h na Galeria Monumental. Organizada pela STET – livros e fotografias, a feira mostra edições de arte, livros de artista, edições de autor, photobooks, múltiplos, reunindo editores e artistas com o público para dar a conhecer centenas de edições, portuguesas e internacionais.

Nesta 2ª edição da EDIT haverá também apresentações, debates e lançamentos de livros, com a presença de: &: Christophe Daviet-Thery, Abysmo, ATLAS Projectos, Cão Solteiro, Cine Qua Non, Culturgest, Fanzines e Martelos, FiM, GHOST, HiHiHi, Homem do Saco, Ideias no escuro, José Aparício Gonçalves, Kunsthalle Lissabon, Monumental - Centro de Artes, Pé de Mosca, Pierrot le fou, Re.vis.ta, scopio EDITIONS, Senhora do Monte, Serrote, Sistema Solar, Stolen books, Tipo.pt, The Unknown Books, Under the cover, entre outras.

O programa completo desta edição pode ser consultado em EDIT. A entrada é livre. Na Galeria Monumental, Campo Mártires da Pátria, n.º 101, em Lisboa. WW

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