Ângela Ferreira, Hollows, Tunnels, Cavities, and More

Ângela Ferreira, Hollows, Tunnels, Cavities, and More

Ângela Ferreira foi a artista vencedora do prémio NOVO BANCO Photo 2015, pela sua peça «A Tendency to Forget» (2015), em exposição no Museu Colecção Berardo até 11 de Outubro. Simultaneamente, a artista inaugura na Galeria Filomena Soares a exposição «Hollows, Tunnels, Cavities, and More».

Ângela Ferreira, «A Tendency to Forget», 2015. Vista da instalação no Museu Colecção Berardo, Lisboa

Reunindo material de investigação e imagens de projectos recentes, a mostra centra-se em linhas de investigação que a artista tem vindo a desenvolver em torno do espaço, da forma, do som, da imagem projectada.

© Tim Roberts Photography

Como refere na apresentação da exposição, tendo como ponto de partida desenhos de Robert Smithson, interessaram-lhe as cavidades, buracos gigantescos, túneis escavados na paisagem, «metáfora do movimento espiralado do parafuso» que remetem para a história da indústria mineira, em países como a África do Sul, Moçambique ou a República Democrática do Congo. Na mostra a ganância e a exploração humana associadas às minas são ainda cruzadas com a história de uma mina na zona leste de Londres, que na década de sessenta foi espaço de música «underground», nomeadamente com a força simbólica, libertária e revolucionária do músico Jimmy Hendrix. 
A inaugurar a 24 Setembro, a exposição decorre até 14 de Novembro na Galeria Filomena Soares, em Lisboa. SVJ

PLUNC, New Media and Digital Art Festival

O festival PLUNC vai realizar-se proximamente com um conjunto de talks e uma conferência. Nas «Artist Talks», os artistas presentes no festival falarão dos seus trabalhos. A «Artist Talk #1»

PLUNC, New Media and Digital Art Festival

O festival PLUNC vai realizar-se proximamente com um conjunto de talks e uma conferência. Nas «Artist Talks», os artistas presentes no festival falarão dos seus trabalhos. A «Artist Talk #1» (24/09 às 18h30 na FBAUL) é assegurada por Alex Rothera e Jude Munkudane, enquanto que a «Artist Talk #2» (27/09 às 16h30 na FBAUL) por João Beira, Cristobal Mendoza e André Sier. Neste mesmo dia e local, mas às 15h00, será a oportunidade de conhecer as ideias e projectos seleccionados durante a «Open Call» do festival. Carolina Martins, Mário Lisboa Duarte e João Santa Cruz apresentam o projecto Pontos, Isabel Paiva e Tiago Fernandes falam sobre a sua aplicação CitySkin e Rita Xavier Monteiro e grupo S.A.R.L apresentam o seu trabalho OSCAR.
O festival apresenta ainda as «TransTalks», uma iniciativa que tem o apoio da Transportes de Lisboa, em que ocorrem duas talks dentro do cacilheiro, durante a viagem de travessia entre margens, com a duração da viagem - 9 minutos. A primeira, por Alex Rothera, acontece no dia 25/09 no barco das 16h30 que liga Cacilhas ao Cais do Sodré, enquanto que a segunda, por Ivan Vuksanov, acontece no dia 26/09 no barco das 18h00 que liga Cais do Sodré a Cacilhas. Para assistir a estas «TransTalks» é necessário ser portador de bilhete de viagem válido.
Zach Lieberman dará também a talk «Torna Visível o Invisível» no dia 24/09 às 15h no Auditório da Biblioteca da FCT/UNL no Monte da Caparica. Finalmente no dia 25/09 às 18h30, uma conferência sobre o tema «Augmented Aesthetics». Sally-Jane Norman, Alex Rothera e Heitor Alvelos constituem o painel desta conferência. WW

Jeff Wall, Smaller Pictures

A Fondation Henri Cartier-Bresson apresenta uma exposição de fotografia de pequeno formato de Jeff Wall. O próprio artista, pioneiro na apresentação de fotografias em grande formato, seleccionou as

Jeff Wall, Smaller Pictures

A Fondation Henri Cartier-Bresson apresenta uma exposição de fotografia de pequeno formato de Jeff Wall. O próprio artista, pioneiro na apresentação de fotografias em grande formato, seleccionou as obras expostas, originalmente concebidas em formatos menores, a partir, principalmente, da sua colecção pessoal.

Jeff Wall, «Diagonal Composition», 1993. Transparência em caixa luminosa. © Jeff Wall / Cortesia do artista

Jeff Wall tem desempenhado um papel fundamental no reconhecimento da fotografia como uma forma de arte contemporânea, sendo mais conhecido pelas suas transparências a cores em grande escala, montadas em caixas de luz nas paredes que combinam o brilho sedutor de um ecrã de cinema com a presença física da escultura. As suas obras são caracterizadas por duas abordagens, que ele designa como cinematográfica ou documental.

Jeff Wall, «Clipped Branches, East Cordova St., Vancouver», 1999. Transparência em caixa luminosa. © Jeff Wall / Cortesia do artista

Wall foi pioneiro na utilização de técnicas digitais para compor quadros meticulosamente encenados que à primeira vista parecem ser instantâneos mas, num olhar mais atento, o conteúdo das imagens parece muito bizarro e mais complexo. O artista baseia-se em técnicas cinematográficas usando actores como protagonistas, iluminação artificial, encenando composições e uma técnica narrativa que leva a imaginar os eventos que conduziram ao momento representado. Estas representações da vida urbana contam histórias sobre pessoas, o seu habitat e a forma enigmática como todos os dias interagem. As suas imagens por vezes  enfatizam a violência e a falta de comunicação cultural e evocam fantasias de pesadelo sedutoras e memórias pessoais, alimentando a base para as suas reconstruções fotográficas, que combinam um realismo extremo com um artifício elaborado. Jeff Wall enfatiza que cada imagem deve ser vivida em vez de usada para ilustrar uma ideia pré-determinada ou uma narrativa específica. As suas fotos podem descrever um instante e um cenário, mas o antes e depois desse momento são deixados abertos à interpretação e acredita que nessa indeterminação o espectador experimenta prazer.
A exposição «Smaller Pictures» decorre até 20 de Dezembro, nas acanhadas mas acolhedoras salas da Fondation Henri Cartier-Bresson, em Paris e é acompanhada por um catálogo, enriquecido com uma introdução por Jean-François Chevrier e uma entrevista com o artista. MM

DOC’S KINGDOM 2015

DOC’S KINGDOM 2015

O Doc's Kingdom – Seminário Internacional sobre Cinema Documental realiza-se de 20 a 25 de Setembro, em Arcos de Valdevez, no Alto Minho. Contando com a presença dos realizadores dos filmes e colocando em diálogo cineastas consagrados e jovens artistas, o Doc's Kingdom apresenta um modelo que pretende ser diferente dos festivais de cinema e dos encontros académicos. As suas sessões são seguidas de debates colectivos organizados num ambiente informal que dilui as fronteiras entre autores e espectadores e a sua dinâmica colectiva reflecte-se no programa único e no tema de partida para o itinerário de visionamentos e conversas, cujo percurso é determinado pelo grupo de participantes.

Casa das Artes de Arcos de Valdevez. © Ana Eliseu

Cada jornada do seminário tem início às 10h da manhã, com duas a quatro sessões de cinema diárias, num alinhamento que não é revelado antecipadamente: todos os dias, o grupo internacional de participantes entrará no auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez sem saber exactamente que filmes vai ver. Ao final do dia, pelas 18h, o debate colectivo dá lugar à circulação da palavra entre todos os participantes, incluindo inscritos, realizadores, convidados, organizadores e voluntários.

Filipa César, «Le Passeur» (still), 2008

«Todas as Fronteiras» é a rota do programa de 2015. A aproximação ao tema reflecte diferentes dimensões fronteiriças – geográficas, geopolíticas, entre quem filma e quem é filmado, o visível e o invisível, o centro e a periferia, o público e o privado, o som e a imagem – e conta com a colaboração dos realizadores Adirley Queirós, Catarina Mourão, Eloy Domínguez Séren, Eric Baudelaire, Eyal Sivan, Filipa César, Joana Pimenta, Nelson Carlo de los Santos Arias e Salomé Lamas. Robert Kramer, cineasta norte-americano falecido em 1999, a quem o seminário deve o nome, estará igualmente em foco nesta 12.ª edição do seminário.

Catarina Mourão, «A Toca do Lobo» (still), 2015

A proximidade da fronteira com Espanha integra-se no próprio programa de filmes, nomeadamente com «Jet Lag» (2014), do realizador galego Eloy Domínguez Séren, «A Raia» (2012), do também galego Iván Castiñeiras, ou «Le Passeur» (2008), de Filipa César. A relação com o espaço de acolhimento, Arcos de Valdevez, assume especial protagonismo na projecção de «A Toca do Lobo» (2015), documentário de Catarina Mourão em que a realizadora explora a memória familiar e a figura do seu avô Tomaz de Figueiredo, escritor que dá nome à Biblioteca Municipal de Arcos de Valdevez.
Dirigido por Nuno Lisboa e organizado pela Apordoc – Associação pelo Documentário esta 12.ª edição do Doc's Kingdom é co-produzida pelo Município de Arcos de Valdevez. SVJ

O Museu como Performance

No próximo fim-de-semana (19 e 20 de Setembro) o Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugura um novo eixo programático que reflecte e explora novas direcções na relação entre a

O Museu como Performance

No próximo fim-de-semana (19 e 20 de Setembro) o Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugura um novo eixo programático que reflecte e explora novas direcções na relação entre a performance e as artes visuais, reafirmando o seu posicionamento enquanto instituição promotora da transdisciplinaridade. Aquela que será a primeira edição, intitulada «O Museu como Performance», ocupará diferentes espaços do Parque e do Museu de Serralves, e contará com a participação dos artistas Isabel Carvalho, Alex Cecchetti, Maria Hassabi, Loreto Martinez Troncoso, bem como das duplas Anastasia Ax & Lars Siltberg, Kovács/O’Doherty, Musa Paradisiaca, New Noveta e VIVO. O comissariado, partilhado entre Cristina Grande, Ricardo Nicolau e Pedro Rocha (respectivamente programadores de dança e performance, artes visuais e música da instituição museológica), aposta na apresentação de obras inéditas e recentes, abarcando dança, palavra dita e performances visuais e musicais. CC