Arranjar grandes quantidades de matéria orgânica para ser adicionada à superfície da terra. Esta irá decompor-se com a ajuda dos microorganismos, tornando-se disponível para as plantas que virão.
Utilizar materiais comuns nos meios urbanos contemporâneos que sejam muito ricos em carbono, como caixas de cartão, para garantir grandes populações fúngicas.
Adicionar restos de comida especialmente ricos em azoto, como o café, para acelerar a compostagem.
Criar uma pilha de matéria orgânica para começar a fazer composto a quente.
Adicionar os elementos marinhos ao composto para o complementar.
Fazer bokashi para acelerar a decomposição anaeróbica de restos de cozinha, adicionando farelo com microorganismos anteriormente recolhidos numa floresta saudável.
Juntar os sólidos do bokashi à pilha de composto a quente, para enriquecer a pilha com nutrientes diversos.
Misturar os materiais fermentados com os materiais oxidados do composto o mais homogeneamente possível.
Pulverizar o composto com um inoculo de microorganismos indígenas e microorganismos especialmente eficazes na decomposição de matérias resistentes à degradação, como os metais pesados e os hidrocarbonetos do petróleo e do cimento.
Acompanhar o processo de oxidação acelerada do composto, medindo a temperatura regularmente para evitar a perda de diversidade.
Revirar o composto para regular a temperatura e garantir que todas as partes passam pelo centro quente da pilha.
Verificar e manter a humidade do composto com as mãos.
Introduzir minhocas e alguns artrópodes, caso necessário, para acelerar a reciclagem de nutrientes.
Dar início ao semeio de carvalhos, que são espécies climax da Península Ibérica e geram grandes quantidades de matéria orgânica e também de comida na forma de bolotas. Garantem um enriquecimento crescente da biodiversidade e da subsequente fertilidade do solo, permitindo semear a plantar espécies comestíveis e úteis para uma futuro jardim agroflorestal resiliente.
Fim da Parte III
Este projeto encontra-se em desenvolvimento no pátio do CCOP, que fica na Rua Duque de Loulé 202, Porto. Foi criado no contexto do «Pastos e Pastos - Galeria Energia», um programa da Galeria Municipal do Porto, e inclui uma exposição de todo o processo no novo Mercado do Bolhão. Conta ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e foi desenvolvido ao longo de duas residências artísticas no Coliseu do Porto e na Galeria do Sol.